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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Cachorros bocejam por verem humanos bocejando


Cães podem bocejar quando estão sozinhos, e eles também bocejam facilmente a partir da propriedade que se apoia na teoria de que os bocejos são contagiosos e acontecem por empatia de natureza emocional, dizem os pesquisadores.

"Inesperadamente, os resultados mostraram uma interessante interação entre o contágio do bocejo e os efeitos sociais", diz Karine Silva, da Universidade do Porto, em Portugal. Ela e seus colegas escreveram um estudo detalhado na edição de julho de 2012 da revista Animal Cognition. "Não foram só os cães que imitaram os bocejos humanos."

Pesquisas anteriores já haviam ligado o bocejo contagioso e a empatia, ou capacidade de compreender e interpretar as emoções do outro, em seres humanos. Eles mostraram que pessoas que têm melhor desempenho em tarefas relacionadas com a empatia também apresentaram o bocejou contagioso.


Um contágio social
Um link entre bocejos e imitação também foi visto em babuínos. Os cientistas descobriram fenômenos semelhantes em chimpanzés. Uma pesquisa publicada na revista “Biology Letters”, em 2008, indicou que a maioria dos cães imitam os bocejos de seus proprietários.

"A Modulação Social do bocejo contagioso, como observado em espécies de primatas, tem sido interpretada como um apoio à sugestão de que a captura do bocejo do outro pode ser uma resposta empática", escrevem os pesquisadores.

"A idéia de que os cães, como uma espécie doméstica que vivem em contato com os seres humanos, podem ser capazes de algum nível de empatia em relação às pessoas não é nova."


Bocejo dos cães
No novo estudo, os pesquisadores tocaram vários sons para 29 cães de estimação para ver suas reações: bocejos naturais de seus proprietários e bocejos naturais a partir de outros seres humanos para ver o que provocaria o bocejo contagioso nos animais.

Eles tocaram os sons para os cães cinco vezes consecutivas, seguidos de cinco segundos de silêncio. Eles circularam aleatoriamente através dos sons em duas sessões, separadas por sete dias. O teste foi feito nas casas dos animais de estimação, e os pesquisadores registraram o número de vezes que os cães bocejaram.

Apenas 40 por cento dos cães testados acabaram bocejando durante o experimento. Oito dos cães bocejaram enquanto os sons humanos do bocejo eram emitidos. Os bocejos eram mais frequentes quando os cães estavam ouvindo o bocejo de seus donos.

"Embora não permitindo inferências conclusivas sobre os mecanismos subjacentes do bocejo contagioso em cães, este estudo fornece os primeiros dados que tornam plausível a empatia de base, com fundo emocional, para o bocejo contagioso nesses animais", escreveram os pesquisadores.

"Se for confirmada essa teoria, será possível categorizar a crescente gama de papéis desempenhados pelos cães na sociedade humana. O estudo poderá, por exemplo, ser uma ferramenta complementar útil para selecionar os cães mais adequados para uso terapêutico em termos de processamento empático para tarefas específicas. "

Fonte: Live Science

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