A percepção em frente ao capitalismo, sistema financeiro que rege o planeta por mais de um século, parece estar perdendo cada vez mais adeptos. Os vícios implícitos no desenho deste modelo manifestam-se de forma cada vez mais tangíveis; setores sociais castigados, valores e princípios diluídos, existências confundidas entre o consumo e a simulação, que nos permite um interessante exercício de tentar responder a seguinte pergunta: "Qual lugar mais capitalista do planeta?"
|
A falta de normas internacionais nos mares não só garante que seus habitantes fiquem expostos aos mais crus vícios da filosofia do capital, senão que nem sequer terão acesso à virtual proteção que o mesmo sistema presta para enfatizar as consequências negativas do modelo que exerce. De acordo com Prieto, há elementos concretos que suportam sua hipótese de que nos barcos pesqueiros o capitalismo atinge seu máximo clímax:
Condições trabalhistas: a ansiedade por produzir mais por um preço menor, próprio deste sistema financeiro, encontra um lugar ideal na ausência de normas vivida nos pesqueiros. Para o dono de um barco é fácil instaurar jornadas de mais de cem horas semanais sem que exista autoridade alguma para prestar contas. Por outro lado temos o fenômeno da exteriorização de empregos, isto é a contratação irregular de tripulações que chegam dos países mais castigados, integradas por pessoas que seguramente pouco exigirão quanto a um tratamento digno, um salário justo, ou condições trabalhistas decentes.
Meio ambiente: outro dos aspectos que se converteram em máximos embaixadores do capitalismo, que se encontra em sintonia com o afã de transformar qualquer coisa em uma variável a mais de capital, é a destruição sistemática do meio ambiente.
- "Para cada tonelada de pescado desembarcado consomem 620 litros de combustível e emitem 1.700 kg de CO2", de acordo com dados do Banco Mundial e da FAO. Ademais, não existe autoridade que controle com eficiência fenômenos como a sobre-exploração de recursos naturais ou que possa frear aberrantes práticas como a monumental quantidade de dejetos tóxico lançados nas águas, o que gera um impacto no meio ambiente a longo prazo que eventualmente se converterá, sem dúvida, em um realidade de pesadelo compartilhada.
Maltrato animal. No mar torturam os animais sem nenhum pudor, por uma simples razão: é mais barato. No seguinte vídeo é possível ver como matam um tubarão-mako (sensíveis abstenham-se) em um pesqueiro, de uma empresa qualquer -não estranharia se fosse japonesa-.
Não importa que os makos estejam em período de reprodução. Os fetos são extraídos vivos do útero e deixam agonizar até a morte. Como mostra este outro vídeo, seu sofrimento é evidente.
Leia mais em: Qual é o lugar mas capitalista do mundo? - Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=26730#ixzz2E15q9Jyr
0 comentários:
Postar um comentário