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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Antes e Hoje

Recebi um texto por email que trouxe até uma nostalgia. Procurei no Google o autor dessa peripécia pra postar aqui, mas não achei. Mesmo na ausência do proprietário, segue o texto para vocês viajarem no tempo também. Se por ventura descobrirem o autor, postem nos comentários :)






Antes usavam chapéu, hoje usam boné virado pra trás.
As mulheres usavam anáguas debaixo das saias. Hoje as meninas compram anáguas no brechó, para usar como saia ou saída de piscina.
Antes, o vô morria, a vó vestia preto e só saía de casa para ir a missa ou para ver o filme do Mazzaropi. Hoje, o vô morre, logo a vó já tem namorado, e vão dançar, tomar sorvete e passear de mãos dadas como antes só os moços faziam.
E antes se passeava nas ruas e praças. Hoje se passeia nos shoppings.
Nas esquinas antes havia camelôs que corriam dos fiscais. Hoje os camelôs enfrentam os fiscais.

Os carros tinham radiadores. Hoje têm computadores.
Quando entrava um idoso no ônibus, o jovem oferecia o lugar.
Hoje, alguém oferece um lugar e o jovem senta antes do idoso...
Antes o telefone tocava, alguém atendia logo. Hoje só atendem logo se for celular.
Os telefones eram pretos, depois passaram a ser cinzentos. Hoje são coloridos, e a mesma transformação se deu com as gravatas.

Antes as sandálias eram franciscanas, agora são havaianas.
Antes, só se via barriga de mulher na praia ou na piscina. Hoje...
Antes, só os piratas usavam brincos. Hoje só há CDs piratas.

Antes os jovens namoravam. Agora ficam.
Namoros começavam nas praças e filas de cinema. Hoje começam e acabam na internet.
Depois de namorar, noivava-se, depois casava-se. Hoje, juntam-se.
Antes, os casais separavam-se dramaticamente. Hoje, acabam a relação tranquilamente. Ou abrem a relação.


Os restaurantes eram todos a la carte. Hoje são todos self-service e os bancos também.
Antes a hora das refeições era sagrada e tinha conversas demoradas. Hoje, é rapidinha e a conversa é descartável.
Lasanha só da mãe ou da vó. Hoje vem em caixa no supermecado.
Os cachorros comiam restos de ossos, e quase não ficavam doentes. Hoje, comem só ração balanceada, vitaminada aditivada e tem mais doenças.


Nas escolas, os professores falavam e os alunos ouviam. Agora os professores às vezes conseguem falar...
Diante de descalabros e absurdos, as pessoas se espantavam e perguntavam "Onde é que isso vai parar?". Agora, pararam de se espantar.
A revista mais lida tinha notícia. Hoje tem caras.


Só havia bailes em clubes. Hoje, só há baladas em boates.
Muitas músicas tinham ritmo forte. Hoje, muitas músicas só têm ritmos.
Carros trepidavam nas estradas de terra. Hoje, trepidam com o som.
Você ligava a tevê no domingo e matava o tempo. Hoje, você morre de tédio.


As velinhas do bolo de aniversário apagavam com o sopro do aniversariante.
Hoje, voltam a acender sozinhas, para todo mundo poder soprar. Mas o brigadeiro continua o doce preferido nos aniversários de crianças. Deve fazer lobby.

E, por enquanto, os domingos continuam caindo no fim de semana...

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