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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Aprendendo a perder

"Só ganha na vida quem sabe perder! É preciso que tenhamos sabedoria e força interior para perder pontos de vista, iniciativas, a própria vez e a chance que pensávamos ter conseguido.

Mais força ainda precisamos ter para perder algo para alguém, quando este é uma pessoa querida, ou se a perda foi causada por traição ou por algum tipo de injustiça.

Porém, a verdade é que existe o tempo da perda e só fica de pé quem tem um horizonte mais amplo, uma meta definida e clara nessas ocasiões. E, assim, aprendemos a considerar tais privações como pesos que vamos largando ao longo do caminho, de modo que nos tornamos mais leves, para que possamos voar cada vez mais alto.

Eu sei que dói muito quando o que se perde são pessoas, mas entenda que o que não nos pertence, na realidade, nunca foi nosso!"



Quando não temos muito que dizer é preciso deixar que a música ou os textos falem por nós, como este do Ricardo Sá. Como é difícil perder. Perder um jogo, perder um emprego, perder um celular, carro e casa. Perder um ente querido então, nem se fala. Dói demais. Perder um relacionamento de tantos anos também machuca, mas é suportável.


A única certeza que temos nesta vida é de que nada é definitivo, pois um dia vamos morrer. A casa nova, linda, um dia vai se deteriorar e pedir manutenção. O carro novo, último modelo, vai ficar com as peças desgastadas e ficar ultrapassado. Toda aquela paixão enlouquecida existente nos jovens casais, um dia acaba. Aquele tesão com uma vontade louca de fazer sexo por longas horas, termina também. São poucas as coisas que nos acompanham até o final da vida.


Por falar em relacionamentos, todo casal que sobe ao altar espera ficar com sua companhia até que a morte os separe (exceto pessoas interesseiras que casam para dar o golpe do baú). Só que, infelizmente, é cada vez mais raro alguém conseguir cumprir este juramento dito dentro da igreja. Por que será? Isso é muito subjetivo. Alguns casamentos terminam por brigas, traições, incompatibilidade de gostos, difícil adaptação e outros fatores.


Sou desses que sempre vai torcer para um relacionamento dar certo, pois sei como é triste colocar um ponto final quando você preferia vírgulas e reticências... Você olha para trás e começa lembrar os bons momentos que passaram juntos. Quantos planos, sonhos e metas traçadas para tentar ser feliz. Tentativas em vão que viraram papéis descartáveis jogados no lixo.


Porém, como diz o texto de Sá, é preciso saber perder. Se a morte levou quem você amava, chore e chore muito até as lágrimas secarem. Viva o seu momento de luto, mas depois aceite à condição de que as pessoas não nos pertencem e tudo aqui é provisório.


E se for o seu relacionamento que chegou ao fim e você precisou se afastar de quem amava, chore um pouco também. Mas saiba que isso aconteceu porque alguém estava infeliz, então nem adianta arrastar aquilo que não dava mais certo. Às vezes é preciso retornar um passo para avançar dois, então trate de virar a página e começar uma nova história. Seguindo conforme a música "Depois" de Marisa Monte.


"Quero que você seja feliz. Hei de ser feliz também..."

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